sexta-feira, abril 07, 2006

SOBRETUDO NADA

És tudo
quando mudo.
És nada
quando fala.

Estudo deságua
peixe-espada
no verso da paginalada.

Desnudo
o veludo da língua
no sotaque áspero
de quem apara arestas.

Afasto tudo
que é nefasto.

Sô o silêncio me basta
no sorriso que empresto
ao alarme falsoda sinfonia do gesto.

Nenhum comentário: